A História da Agrogir

Sobre nós

“Esta raça tem futuro” profetizava o pai. E com um tapinha na anca de cada vaca, justificava a profecia “O gir é como esse moirão de aroeira: forte, resistente e duro na queda”. O menino ouvia o pai, enquanto dava nome aos bois e vacas, feitos com manguinhas verdes e espinhos de laranjeira.

O pai, Seu Tonico, era um pequeno produtor rural e estava orgulhoso da sua nova aquisição: vinte vacas leiteiras da raça gir e um reprodutor, Rochedo, nome inspirado, provavelmente, na resistência da raça. Seu sonho era melhorar a qualidade do gado e incrementar a produção do leite, que ele vendia, de porta em porta, na pequena cidade de Anhanguera, no interior de Goiás. Enquanto isso, o menino caprichava nos detalhes, aperfeiçoando o seu “rebanho” e caprichando nas “instalações”. No entusiasmo do pai visionário e na criatividade do menino curioso, as duas pontas de uma história que seria retomada lá na frente, quase cinco décadas depois: a história da Agrogir.

2012. José Alves Neto, o filho, caminhava em sua fazenda, no município de Orizona. As lembranças do pai, que acabara de partir, estavam bem vivas na sua memória: Anhanguera, o curral, o moirão de aroeira, o barulho do leite caindo no balde, as vaquinhas de brinquedo e a voz do pai: “Esta raça tem futuro”. Foi aí que o futuro da fazenda começou a ser desenhado na cabeça do filho.

Enquanto as velhas instalações caiam por terra, um destino novo começava a ser construído na centenária Fazenda Cuiabanos. E como o tempo também tem seus caprichos, a Agrogir iniciou suas atividades em 2014, ano em que o pai, exemplo de resistência e longevidade, completaria cem anos.